Para se manter saudável e antecipar problemas de saúde, médicos e especialistas recomendam exames de rotina. Estes exames fornecerão dados importantes, que se analisados corretamente serão capazes de indicar se algo no seu corpo precisa de atenção e cuidados especiais.
Se substituirmos, nesta realidade, seu corpo pela sua empresa, ou pelo setor jurídico dela, a necessidade de monitorar constantemente a saúde continua sendo indispensável. Nesse cenário, os exames de rotina são conhecidos como indicadores internos.
E sem eles, as dores da organização aparecerão já em estado avançado, quando os danos financeiros podem ser irreparáveis.
Indicadores internos podem ser direcionados a medir diferentes tipos de resultados. Positivos ou negativos. Procure ater-se aos negativos, mas encarando-os como construtivos.
A seguir, veremos alguns medidores de resultado que são capazes de demonstrar quantitativamente e, de forma objetiva, as informações que você precisa para cuidar bem da saúde do seu departamento jurídico. Pois por mais competente que seja a gestão jurídica dela, é utópico pensar que não há como melhorá-la.
Analisar os processos desfavoráveis da empresa deve ser uma atividade de dia a dia do setor jurídico. Com base nessas análises, vários indicadores podem ser criados e transformados em ações preventivas contra novas perdas.
Uma possibilidade é a criação de gráficos que separem os processos desfavoráveis por suas naturezas e quantifique quais delas estão trazendo mais danos financeiros à empresa.
Digamos que fazendo esse levantamento, você perceba que a maioria das causas perdidas – ou as que mais trouxeram prejuízos econômicos, são de natureza trabalhista.
A partir desse conhecimento, você pode desenvolver um trabalho interno de prevenção específico contra ações trabalhistas.
Em parceria com o RH da empresa, alguns cuidados poderiam ser adotados. Por exemplo, nas admissões efetuadas que por vezes buscam preencher vagas com urgência e acabam trazendo para a empresa funcionários que possuem histórico de processos trabalhistas contra empregadores.
Outra opção seria uma análise que evitasse a existência de remunerações muito diferentes entre funcionários com funções similares, já que isso normalmente rende pedidos judiciais de equiparação salarial.
Com ações como estas, você estará medicando sua empresa exatamente contra o que está causando dor a ela.
Quantificar os dias que os advogados levam para analisar um contrato, desde a data de requisição até sua liberação, pode apontar para algumas ações que buscarão padronizar esse procedimento, trazendo melhorias tanto para os funcionários, quanto para a empresa.
O mais importante é ter conhecimento sobre toda a demanda de contratos que o setor irá lidar, podendo facilmente subdividi-la entre os contratos mais e menos complexos e mais e menos urgentes.
Com essas subdivisões, eles poderão ser analisados sempre pelo advogado que possui mais conhecimento sobre a causa e num prazo pré-determinado que não sobrecarregará o funcionário nem impactará em atraso no andamento do contrato.
Essas ações já aumentariam relativamente a produtividade do setor e acelerariam processos burocráticos da empresa. Elaborar relatórios com as datas de requisição e de liberação de todos os contratos já analisados pode trazer uma boa visão geral sobre como esse procedimento está sendo realizado.
É como se a sua empresa, ou o seu setor jurídico, estivesse mantendo hábitos saudáveis. A médio e longo prazo, esses hábitos te trarão grandes ganhos.
Seu departamento jurídico precisa ser cada vez mais estratégico. Para isso, além de ter em mãos dados sobre todo o fluxo de trabalho interno, é preciso atentar-se também para os dados que vêm de fora.
As contratações de escritórios e advogados terceiros são comuns em muitas empresas, por isso existem vários indicadores de desempenho que ajudam a mensurar os benefícios que a contratação desses escritórios e advogados estão trazendo para sua empresa.
Esse mapeamento transformará conhecimento tácito em explícito e oferecerá oportunidades de melhoria na gestão dos processos.
É importante criar relatórios jurídicos com comparativos dos históricos de perdas e ganhos dos processos de todos os terceiros, levando em conta os valores envolvidos e as probabilidades de favorecimento.
Divida os processos por área do Direito e atente-se para o período que cada parte leva para analisar, dar andamento e finalizar um processo. No mesmo relatório, pode existir também dados dos advogados internos, o que tornará o documento ainda mais preciso e abrangente.
Essas informações serão vitais na hora de tomar decisões. Reserve um tempo todo mês para alimentar esse relatório e tirar conclusões baseando-se nele.
Lembre-se: Check-ups periódicos são capazes de apontar problemas que não seriam percebidos tão cedo. São indicadores que te ajudarão a acertar na tomada de decisão.
Atividades como estas podem ser executadas facilmente com a utilização de um sistema que gerencie seus dados. O Projuris Empresas é capaz de medir cada um desses resultados e te ajudar a ter mais um diferencial na competitividade do mercado.
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