Conseguir bons casos não é a parte mais difícil quando se advoga. O problema está em quanto cobrar para cada trabalho realizado e, sobretudo, como cobrar honorários. E essa dificuldade, inclusive, atinge desde advogados iniciantes até o mais experientes.
Mas por que é tão difícil saber o valor adequado de cada honorário advocatício? Simples! Pelo fato de não se ter noção, muitas vezes, se a causa vai dar mais trabalho que o esperado. Isso porque há ações que possuem trâmites processuais relativamente rápidos, porém dependerá muito da outra parte colaborar para que isso aconteça.
Pensando nisso, elaboramos algumas dicas essenciais para que você consiga mensurar o valor de seus honorários advocatícios de forma adequada e segura. Confira!
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1 – Utilize a tabela da OAB
Esta tabela dá referências de valores a serem cobrados dependendo do trabalho advocatício exercido.
Mas é só um parâmetro, principalmente para quem está começando nesta carreira tão concorrida. Isto é, os valores ali apresentados podem ser majorados conforme a complexidade, o prestígio, a relevância e o valor da causa.
Mas é sempre bom utilizá-la como forma de comparação. Até porque a tabela traz valores mínimos e máximos.
2 – Analise o caso concreto
Escute o seu cliente. Verifique os fatos narrados e veja o quão trabalhoso será para você defendê-lo em juízo. Trace os prós e contras da possível ação e não se esqueça de calcular os encargos e custos vindouros.
É bom também avaliar a parte contrária, as provas e as chances de vitória do seu cliente. Quanto maiores a chances de uma sentença a favor, melhor para você na hora de cobrar pelos seus serviços.
3 – Negocie com o cliente
Um bom advogado autônomo ou de escritório negocia uma parcela inicial para que possa já trabalhar na ação (ou ações). Negocie com o cliente uma entrada (entre 15 a 30% do valor total dos honorários).
Lembre-o que essa contraprestação é de suma importância para que não haja ônus futuros. Afinal, trabalhar sem receber é um risco e tanto. Até porque muitos clientes acabam desistindo da causa ou mudando de advogado sem pagar os custos devidos.
Logo, essa parcela inicial é uma garantia para você e, em consequência, para o seu cliente. Dessa forma, você se sentirá mais seguro de trabalhar e seu cliente de que o trabalho será desenvolvido.
4 – Compare com trabalhos semelhantes
Em muitas ocasiões, um cliente lhe procura com um caso bastante semelhante ao de outro cliente, certo? E, inclusive, casos semelhantes já foram resolvidos por você.
Então, se tiver um recurso que o ajude a gerenciar casos finalizados, em andamento e iniciais para comparar os gastos, o lucro e os honorários de cada um deles, será de grande valia.
O software Projuris é um exemplo disso, já que ele é capaz de lhe dar um panorama de cada processo. Assim, por meio desse programa, você avaliará casos já realizados em relação aos novos. E, portanto, poderá calcular adequadamente os seus honorários advocatícios.
5 – Aumente o preço e o seu prestígio
Sim, você pode cobrar mais caro quando há ações em que se sente especialista. Afinal, você estudou e trabalhou muito para chegar nesse patamar. Então, nada mais justo que cobrar um pouco mais caro para realizar trabalhos em que você já é expertise.
Isso é uma tática boa para lhe dar prestígio e nome quando o assunto são casos X e Y.
Por isso, tente sempre se especializar em determinados tipos de ações para que possa, em um futuro próximo, cobrar a mais pelo seu trabalho.
Dicas extras:
– O valor cobrado deverá cobrir todos os seus gastos (do começo ao fim da ação);
– Gastos com estudos e horas em cima da causa deverão ser computados nos honorários;
– Não fuja da realidade processual e não cobre mais que seu cliente possa arcar;
– Faça uma previsão de tempo, desde a preparação ao trânsito em julgado da ação;
– Possíveis recursos, embargos e apelações deverão ser previstos;
– Calcule o custo/benefício para você ou para o seu escritório;
– E lembre-se do teor do Código de Ética da OAB (principalmente dos artigos 35 ao 37).
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