Advogado mais jovem do Brasil agora também pode atuar nos EUA

19/05/2021
 / 
14/10/2024
 / 
8 minutos

Você já imaginou atuar em outro país e com apenas 21 anos? Essa é mais uma das conquistas de Matheus Costa, o advogado mais jovem do Brasil.

Se você não conhece a história desse jovem, vou te contar um pouco. Matheus passou para o curso de Direito na Universidade de Brasília (UnB) com apenas 14 anos, isto é, quando estava no 8º ano. Em entrevista ao Portal Migalhas, Matheus conta que fez a prova para ingresso e passou, no entanto, não estava apto para o ingresso na UnB, já que a instituição exige o diploma do ensino médio brasileiro.

Para poder iniciar o curso de graduação, então, Matheus fez diversas provas de ensino médio, nas quais teve resultados satisfatórios e pôde se formar. Assim que finalizou e recebeu seu diploma do ensino obrigatório, Matheus “correu” para a UnB a fim de fazer sua matrícula.

Um outro feito na vida do jovem foi a finalização antecipada de sua graduação. O curso de Direito, em geral, deve ser realizado em 5 anos. Mas o jovem conseguiu finalizá-lo em 4 anos. Aos 18 anos, fez o exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e se tornou o advogado mais jovem do país.

No mesmo ano, fez sua primeira sustentação oral no Supremo Tribunal Federal (STF), sendo também o advogado mais jovem a realizar esse feito.

Navegue por este conteúdo:

De advogado mais jovem do Brasil a advogado mais jovem dos EUA

Após formado e em início de sua carreira no Brasil, Matheus decidiu estudar fora do país. Assim, ingressou no mestrado na Universidade de Harvard. Aos 20 anos, realizou a prova da New York State Bar – similar ao exame da ordem (OAB) no Brasil – e se tornou, além de o advogado mais jovem do Brasil, o mais jovem advogado a poder atuar também nos EUA.

Essa trajetória também teve alguns percalços por conta da idade. Segundo o regulamento da ordem americana, apenas pessoas maiores de idade, isto é, com 21 anos, podem realizar a prova da New York State Bar.

Assim, peticionou na corte de apelações americana solicitando permissão para que pudesse realizar a prova, que foi concedida, permitindo-o a tonar-se o mais jovem a realizar a prova, e por consequência, o mais jovem em atuação também. Com a aprovação, Matheus pode atuar como advogado em 36 dos 50 estados do país.

A paixão pelo Direito do advogado mais jovem do Brasil

Parece loucura contar que todo o seu núcleo familiar é composto por advogados, mas essa é a realidade. Seus pais e irmãos também são advogados. E assim como ele, seus irmão tem trajetórias profissionais que começaram muito cedo.

O seu irmão mais velho, João Costa Ribeiro Neto ingressou na faculdade de Direito aos 15 e se formou aos 20, quando também conseguiu sua carteira da Ordem. Aos 27 anos João já é Doutor e atua como professor de Direito Constitucional, e recentemente foi aprovado para ocupar a posição de Juiz de Direito no TJ/SP.

Sua irmã do meio, Clarisse Costa Ribeiro também se formou aos 20 anos como Bacharel em direito, sendo assim, a advogada mais jovem do Brasil.

Para Matheus, o gosto em comum vem do fato de que, tanto seus pais, como seus tios são advogados, e por isso, os assuntos na família giravam em torno do Direito. Dessa maneira, esse se tornou um assunto que ele e seus irmãos estavam habituados e sempre gostaram.

Seus pais afirmam ainda na entrevista que o incentivo para estudar sempre foi a principal regra da família. Não se tinha uma pressão para que os filhos ingressassem no Direito, mas os pais buscavam que os filhos desenvolvessem o gosto pelos estudos. E foi o que ocorreu.

O segredo para o sucesso no Direito Internacional

Ainda em entrevista ao portal Migalhas, o advogado mais jovem do Brasil elenca que essa herança familiar – o gosto pelos estudos – é um dos pilares para o sucesso na advocacia. Além disso, cita também o fato de sair de sua zona de conforto.

Segundo Matheus, ir estudar nos Estados Unidos foi uma dessas ações. Ao cruzar as fronteiras rumo ao desconhecido, na terra do tio Sam, o advogado se expôs, e consequentemente, evoluiu em sua trajetória profissional.

Afirmou ainda que, por conta da quantidade de advogados existentes no Brasil, para se destacar é necessário focar em uma especialidade e buscar fazer diferente, traçar caminhos fora da curva. Afinal, como o próprio diz, “fazer mais do mesmo tem 20 que fazem”.

Dessa maneira, é necessário agregar valor para ter esse retorno, por isso, além de se especializar, é importante ter um bom posicionamento.

Também em entrevista ao “The Wall Street Journal”, Matheus fala que uma outra maneira de obter sucesso na advocacia é ter o conhecimento e as skills específicas para enfrentar certas situações, como informar a um cliente sobre uma decisão do juiz que não o beneficie.

The way you deal with a client, the way you explain a tough decision that came from a judge, the way you tell someone that he or she is going to jail, you need some kind of life backbone to be able to manage these situations…

Perfil da advocacia contemporânea para atuação dentro e fora do Brasil

Essas características, são também apontamentos que pessoas que o conhecem fizeram sobre ele. Após sua sustentação oral no STF, o advogado mais jovem do brasil recebeu condolências de grandes nomes do jurídico brasileiro.

Recebeu inclusive elogios de Luís Roberto Barroso, que afirmou ao The Wall Street Journal que “tudo no jovem é muito precoce, e que ele mostra muita empatia, um tipo diferente de conhecimento”.

Também recebeu elogios do supervisor de sua tese em Harvard, que disse que muitos jovens geniais não possuem a maturidade necessária para suas atuações profissionais, mas que este não é o caso de Matheus.

Em resumo, então, o perfil da advocacia para o futuro é de profissionais que são curiosos, buscam por conhecimento, tem foco no cliente, são inovadores, e principalmente, buscam por novas oportunidades. Mas como buscar essas oportunidades? Vamos falar sobre a seguir.

Matheus Costa: o advogado mais jovem do Brasil
Foto: Portal Migalhas

Como trabalhar com Direito internacional?

Individualmente, existem vários caminhos para ingressar em uma carreira internacional. É possível, nesse sentido, adentrar em diversas universidades e empresas que oferecem programas que tem como foco, a entrada de pessoas de outros países.

As grandes universidades possuem programas que recrutam pessoas do mundo inteiro, seja para cursos menores, como cursos de férias, ou para graduação. Além disso, assim como o advogado mais jovem do Brasil, Matheus Costa, você também pode fazer um mestrado, um doutorado, MBA, etc. Existem vários canais online que te mostram como fazer isso, por exemplo, o Matheus Tomoto, estudar fora, entre muitos outros.

Mas como um escritório pode atuar em direito internacional? É possível um escritório de advocacia brasileiro atuar internacionalmente?

A resposta é sim. É possível.

Com a globalização e o aumento de questões legais comuns aos países, se faz necessária a atuação de escritórios conjuntamente, de acordo com a área e a lei em questão.

Para essa atuação, no entanto, deve-se considerar não só as semelhanças, mas também as diferenças do jurídico. Por exemplo, nos EUA e em outros países de língua inglesa, a atuação ocorre muito mais com base no princípio da commom law, isto é, da atuação com base em precedentes, do que da civil law, com base na legislação.

A área do direito que tem mais se destacado devido a atuação em direito internacional é o direito empresarial. Vejamos porque.

Direito internacional empresarial

Como dito acima, com a globalização, se tornou necessária a atuação conjunta entre escritórios de advocacia de diferentes países. Isso porque, com a internacionalização de empresas, os conflitos jurídicos passaram a ser diferentes de acordo com o país em que a empresa se instalou.

Para ficar mais claro, vejamos um exemplo: A microsoft atua praticamente em todo o mundo, incluindo no Brasil. O Brasil possui a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), com algumas especificidades da população e do mercado brasileiro. Logo, é necessário a atuação de um escritório brasileiro para contribuir com as regulamentações da empresa por aqui, concorda?

Desse modo, atuar com advocacia internacional pode ser uma maneira interessante de alavancar os resultados do seu escritório de advocacia.

Especialidades necessárias para atuar com Direito Internacional

Dentre os conhecimentos necessários para atuar da mesma maneira que o advogado mais jovem do Brasil, isto é, com Direito Internacional estão:

A operação e os contratos internacionais – É necessário entender como funcionam as operações internacionais no país e também a elaboração de contratos.

Capital estrangeiro e investimentos no exterior – Entender sobre como funcionam os investimentos e o capital estrangeiro também é essencial se o seu escritório optar por atuar com a internacionalização de empresas brasileiras, por exemplo.

Comércio exterior – entender como funcionam as regras de importação e exportação para contribuir com essas atividades nas empresas nacionais e internacionais, sendo mediador das ações.

Essas são apenas alguns dos conhecimentos necessários, mas já ajudam a entender por onde começar. E aí, pronto para embarcar em uma aventura como essa? Com um software jurídico, a atuação no direito internacional também fica ainda mais fácil, pois você consegue acessar os dados de qualquer lugar.

Assim, em caso de reuniões no exterior, não há necessidade de carregar aqueles vários documentos, basta levar ou seu notebook, ou até o seu celular!

Use as estrelas para avaliar

Média 0 / 5. 0

Nenhum voto até agora! Seja o primeiro a avaliar este post.

Deixe um comentário