O título desse artigo pode ser um pouco estranho. Contudo, ele retrata muito bem a minha história como advogado autônomo, iniciada no primeiro semestre de 2016. Antes de me tornar autônomo, sempre fui empregado de grandes escritórios. O último, de um ex-presidente da OAB-GO, onde eu tinha a confiança de toda a diretoria e ganhava um salário consideravelmente bom. Apesar disso, e mesmo amando trabalhar ali, eu senti que estava na hora de encontrar novos desafios. Não adiantava, contudo, procurar outro escritório: o negócio era abrir um escritório de advocacia próprio.
Como boa parte da classe assalariada, eu recebia um valor por mês, e tinha uma despesa mensal muito próxima do que recebia. No dia em que pedi contas do escritório, falando em números, eu tinha R$4.000,00 na conta disponível. No entanto, tinha cerca de R$6.000,00 de contas a vencer no mês seguinte. E a reserva financeira estava longe do ideal para se começar um negócio do zero.
Desta forma, eu tinha só uma opção: arranjar clientes que me pagassem honorários advocatícios iniciais para que eu pudesse sobreviver da advocacia. Um detalhe, contudo: eu não tinha escritório.
Para não delongar essa parte da história, que nem é o foco do artigo, vou resumir como fiz saí desse primeiro problema de renda para me manter da advocacia. Como sempre tive muitos contatos de empresários, comecei a mandar e-mails e whatsapp, falando que estava prestando consultoria e tentando marcar reuniões.
Dessa forma, no primeiro mês como autônomo, eu consegui uma reunião com um empresário que tinha 120 funcionários. Ele me contratou, por 3 meses, para prestar consultoria à empresa dele. Fechamos em R$10.000,00, e ele me pagou em 3x. Além disso, consegui um outro empresário, que tinha uma demanda para cobrar na justiça. O valor era alto, e consegui cobrar dele R$6.000,00 inicial, em 4x.
Ocorre que isso não é o ideal na advocacia.
Se você já advogado há algum tempo, sabe o quão importante é a renda recorrente no escritório de advocacia. Afinal, os boletos não esperam que o alvará seja expedido para vencer.
Desta forma, passei me dedicar ao estudo de marketing de conteúdo jurídico, e comecei a aplicar as técnicas na advocacia. E a técnica que mais me deu retorno financeiro (clientes), foi a produção de artigos. Também faço vídeos, mas, para o meu público-alvo, já validamos esta como a melhor estratégia para atração de clientes.
Em nossa empresa de consultoria, sempre ouvimos objeções de advogados no que tange à produção de artigos como estratégia de atração de clientes,. Aqui listo, então, as principais:
Bom, eu também passei por tudo isso. E hoje meu maior empecilho para produção de artigos é a falta de tempo, que se acentuou pelo crescimento do volume de clientes do escritório, que vieram através da produção de artigos. Quem aqui já não ouviu aquele ditado de que: “quando eu era novo, tinha tempo mas não tinha dinheiro; depois de velho, não tenho tempo, mas tenho dinheiro”, algo assim?
Isso aconteceu em nosso escritório, com a estratégia de produção de conteúdos para a atração de clientes na advocacia. No começo, com pouquíssimas causas, tempo não me faltava para a produção de conteúdo, apesar de não ter o conhecimento técnico das melhores estratégias de escrita.
Com isso, eu tinha tempo disponível para produzir artigos e gravar vídeos, mas não tinha dinheiro para investir em plataformas de divulgação deste artigo, e sequer conseguia arcar com o custo de uma assessoria profissional de marketing.
E como boa parte dos advogados com quem converso, eu também passava por problemas financeiros para fechar as contas do mês, já que eram poucos clientes e os honorários eram baixos.
E o que eu fiz para mudar esse cenário, que me levaria a falência em pouco tempo?
Passei a produzir artigos com estratégias focadas no meu público-alvo. Mas o que isso significa?
Existe uma falsa concepção em nosso meio (jurídico) de que a produção de artigos deve ser extremamente técnica, com diversas citações doutrinárias e jurisprudenciais, além do linguajar rebuscado.
Esse tipo de artigo pode ser interessante para os profissionais que atuam no mercado científico, como docentes e estudiosos de alguma área. É diferente, contudo, para quem atua na advocacia. O mesmo interesse não é despertado no potencial cliente quando ler esse tipo de artigo.
Além de achar o artigo tedioso e não entender nada, por mais que você tenha escrito um super conteúdo, o leigo não conseguirá ver aquele advogado como referência na área e capaz de resolver o problema pelo qual ele está passando.
Então, a primeira e melhor estratégia que você pode fazer para produzir seus artigos é escrever direcionado ao seu público-alvo, e com foco na dor desse público.
Como assim? Vou tentar elucidar com um exemplo:
Se você advogado na área previdenciária, a dor do seu cliente não é a divergência da jurisprudência da TNU sobre a competência de determinada ação; a dor dele é estar doente e não ter como trabalhar, e o INSS negar o benefício dele.
Portanto, você deve escrever com base nessa dor: a falta de renda por não poder trabalhar e pelo INSS ter negado o benefício do segurado; sobre a TNU, ele não quer nem saber o que é, pode ter certeza.
Lógico que não foi só isso. Também tive que investir bastante tempo de estudos em técnicas de SEO (Search Engine Optimization) e de copywriting, que são maneiras de ranquear melhor o artigo no google, e atrair mais clientes (escrevei sobre essas duas técnicas em breve).
O fato é que, hoje, para você atrair clientes, você precisa produzir conteúdo. Mesmo que você não goste, mesmo que você não tenha tempo, mesmo que você não saiba por onde começar, dê um jeito de dar o primeiro passo.
Só a título de exemplo, vejam este documento. Ele foi feito para uma palestra que dei no início deste ano, no qual eu falo um pouco sobre como que um artigo, em 24 horas, me rendeu R$17 mil reais de honorários:
Outro exemplo foi um artigo que publiquei este mês:
Ele foi divulgado em vários portais da área do direito, e teve mais de 50 mil acessos em pouco mais de 24 horas, e já rendeu 5 contratos fechados aqui no escritório.
Hoje, então, o sucesso do nosso escritório está diretamente ligado à produção de conteúdo focado em nosso público-alvo. E por isso eu posso falar, com tranquilidade, que “O poder de sair da crise e viver (bem) da advocacia está na ponta dos seus dedos”
View Comments
Boa noite,
Gostaria de receber mais informações.
Oi, Sebastião, tudo bem?
Seu email já está cadastrado para receber as novidades. Enquanto isso, você pode olhar a nossa página de conteúdos gratuitos, pois há materiais que podem lhe interessar:
https://www.sajadv.com.br/conteudos-gratuitos/
Abraços!