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Como FIFA Soccer explica a aplicação de automação e I.A no jurídico?

Lançado anualmente, a cada mês de setembro, o game FIFA Soccer é um dos carros-chefes da EA Sports, desenvolvedora de jogos esportivos da EA Games, uma das maiores empresas de entretenimento no mundo. No mercado desde 1994, FIFA passou por mudanças rigorosas desde sua estreia nos gramados digitais.

A cada lançamento, a EA prepara interfaces, estádios e jogadores cada vez mais realistas. Calções que se sujam no decorrer das partidas, cabelos esvoaçantes dos atletas, expressões faciais convincentes, gramados encharcados e pesados.

A ideia é, a cada ano, aproximar o jogo um pouco mais do esporte mais praticado no mundo. Para isso, é consenso que não basta ser bonito. A experiência que o game propõe vai muito além de sua casca estética.

FIFA é desenvolvido para ser um jogo completo, e proporcionar uma experiência futebolística (e até mesmo de gestão futebolística) plena. E é inviável projetar uma experiência futebolística satisfatória sem construir um mecanismo que permita ao videogame confrontar as habilidades do usuário e desafiá-lo a jogar mais e melhor.

Nos últimos anos, a EA Sports não viu alternativa, senão focar seus esforços no desenvolvimento e aprimoramento de seus mecanismos de inteligência artificial.

O que é inteligência artificial e o que é automação no FIFA?

Ao ligar o videogame e disputar uma partida contra a máquina, o usuário é exposto a dois fenômenos: a automação de processos e à inteligência artificial.

Automação: fundamentada em processos automáticos, programáveis e previsíveis. A automação é, em bom português, quando a máquina não pensa. Ao iniciar uma partida de FIFA, o adversário robótico iniciará tocando a bola e buscando espaço entre os jogadores controlados pelo usuário, tentando uma aproximação do alvo, o gol.

Caso a máquina consiga arriscar um chute ao gol e desperdice sua chance, o usuário terá de cobrar um tiro de meta. Ao ficar seis segundos sem cobrar o tiro de meta, a máquina automaticamente cobra pelo usuário, em um chute padronizado para o meio de campo.

Neste caso, pode-se observar a automação de um processo dentro do jogo de videogame. Durante a partida, é possível observar o mesmo fenômeno mais vezes.

Por exemplo, ao controlar o goleiro, caso o usuário segure a bola na mão, ou seja, fora de jogo, por mais de seis segundos, a máquina dispara um lançamento padronizado. Em caso de demora na cobrança de pênalti, a máquina dispara um chute por cima da meta. E por aí vai.

Além do modo de jogo padrão, partidas amistosas entre time de mais de vinte ligas, FIFA também conta com um simulador de gestão futebolística, onde é concedido ao usuário a atribuição de controlar um clube de futebol à sua escolha.

O jogador deve, neste modo de jogo, administrar contratos da equipe, evitando a perda de jogadores importantes e mantendo uma coesão salarial; gerenciar seu time, mantendo-o motivado; administrar o clube financeiramente, para atrair estrelas, e claro, conquistar troféus dentro de campo.

Tudo que acontece dentro da temporada é automatizado. Trata-se de uma configuração que responderá a gatilhos, programados para proporcionar uma experiência mais divertida e realista.

À máquina, é dispensável pensar para definir alocações de verba, determinar jogadores que solicitarão aumentos salariais, e simular resultados de partidas de outros clubes.

Inteligência artificial: diferentemente dos processos automatizados, a inteligência artificial é necessária quando a máquina depende processos que simulam o pensamento humano para atuar. Quando a máquina precisa utilizar da inteligência, mecanismos semelhantes ao raciocínio humano para resolver determinado problema.

Ao iniciar uma partida de FIFA contra a máquina, ela começará a trocar passes e vai interpretar seu comportamento na defesa. O algoritmo já sabe que deve colocar a bola debaixo das traves, e vai usar inteligência artificial para resolver o problema restante: qual a melhor forma para superar os jogadores que querem impedi-la de seu objetivo?

Conforme a máquina vai se aproximando de sua área, invadindo seu campo de defesa, vai identificando vulnerabilidades e padrões comportamentais. Quando perde a bola, o time automaticamente recua para seu campo.

Um fenômeno que acontece, especialmente nas primeiras partidas, é que máquina mapeia como o usuário gosta de jogar. Se prioriza jogadas pelos lados do campo, se prefere infiltrações pelo meio, ou se gosta de recuar o time e esperar o adversário para investidas em contra-ataques.

Toda essa informação alimenta a base de dados da máquina, que desenvolve antídotos para as jogadas mais comuns do usuário.

Ou seja, conforme a máquina enfrenta o usuário e é exposta a diferentes padrões comportamentais, mais ela aprende e mais sofisticada ela se torna. Evidentemente, há um limite de aprendizado.

Caso contrário, após poucas partidas, seria simplesmente impossível vencer qualquer partida no game, o que não seria nada divertido para o usuário. Nas palavras do produtor do game, Sam Rivera, “Para os fãs, o computador mantinha a posse de bola por tempo demais, só passando de um lado para o outro e segurando o jogo.

Então, fizemos com que o computador jogasse com mais objetividade, e o jogador deverá ter mais posse de bola.

Leia também: Avanços de inteligência artificial exigem novas leis e regulação, diz Microsoft

Como ocorre no jurídico?

Bem como na série da EA Sports, a gestão jurídica também pode envolver processos movidos por automação ou inteligência artificial, seguindo uma lógica semelhante. A maior parte da rotina de um departamento jurídico corporativo pode (e deve) ser automatizada.

Por exemplo, quando pensamos em notificações judiciais. Ao invés de recebê-las à moda antiga, em forma de documento físico transportado e sujeito a atrasos e extravios, as empresas já podem ser notificados digitalmente por meio de um módulo de distribuições integrado a um software jurídico.

O módulo de distribuições do Projuris, por exemplo, é capaz de prever com até 30 dias de antecedência quando a empresa será notificada oficialmente. O que ele faz é basicamente localizar o litígio que está sendo distribuído no Tribunal, ainda sem numeração.

Em uma rotina composta por um alto volume de tarefas em massa, a automação de processos acaba se tornando imprescindível para impulsionar a produtividade do departamento jurídico e também sua eficiência.

Por sua vez, a inteligência artificial também já pode ser aplicada à rotina de departamentos jurídicos corporativos. A primeira iniciativa nesse sentido no Brasil foi a Justine, chatbot jurídico lançando pela Projuris em novembro de 2017.

Nativo no Messenger, aplicativo de mensagens do Facebook, a Justine é responsável por intermediar o advogado e suas respectivas informações no Projuris, acelerando a obtenção de informações do contencioso, sem necessidade de acesso ao Projuris; difundindo informações para a equipe, descentralizando a coleta da informação; reduzir o tempo gasto na localização e geração de filtros ou relatórios.

A Justine é o primeiro chatbot do Brasil a interagir com um software jurídico para agilizar a rotina de requisições e consultas, e tem como característica a capacidade de aprender conforme responde aos questionamentos feitos a ela. Ou seja, quando o advogado interage com a Justine, ele está também ajudando-a a tornar-se um chatbot mais inteligente e completo.

Para conhecer melhor o Projuris, solicite uma demonstração.

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