Gestão do conhecimento. Este é o termo que o mundo dos negócios vem usando para representar uma prática antiga e belíssima, a do compartilhamento de informação.
Neste caso, o histórico de conhecimento gerado pela própria empresa, seja em suas atividades de negócio ou conteúdo que reforcem sua cultura e valores institucionais.
Isto é resultado de um recente processo de humanização que as empresas vêm sofrendo por fora, com preocupações como branding, responsabilidade social e investimento em marketing social; e por dentro, desconstruindo a verticalidade hierárquica, estimulando a criação de lideranças e investindo pesado em capital humano (e é aqui que a gestão de conhecimento entra).
Somado a isso, deve-se levar em consideração o contexto em que estamos: a era da informação e do conhecimento, época em que boas ideias viram referências para outras boas ideias e assim por diante, num processo cíclico e frenético, quase diário.
Mas nessa velocidade há um pouco daquela imperfeição suscitada pelo ditado ‘a pressa é inimiga da perfeição’, por isso ferramentas de organização e otimização de tempo estão sendo cada vez mais procuradas e ‘gestão’ virou a palavra chave para os empreendedores.
Se pensarmos na realidade dos escritórios de advocacia, essa realidade é ainda mais intensa, pois sua rotina é corrida por natureza.
A gestão de conhecimento (ou, como o termo é conhecido, knowledge management) é um processo de identificação, armazenamento, organização e compartilhamento do material intelectual pertinente à empresa, muito parecido com o conceito de Big Data.
Geralmente essas informações estão ligadas a estudos de gestão estratégica, T.I, economia, sociologia, marketing e psicologia. No caso de advogados, podemos incluir aqui estudos do direito e de suas especialidades, além de jurisprudências.
Em outras palavras, eles precisam compreender como funciona as etapas estratégicas de um escritório de advocacia e sua concorrência, estarem atualizados das melhores tecnologias em ferramentas digitais para otimizar seu trabalho e estudar sobre gente. Isso mesmo! Gente!
Psicologia e sociologia não são apenas campos acadêmicos, mas uma maneira de interpretar e respeitar o espaço do outro, coisa que para o advogado é imprescindível pois lida diretamente com a vida do cliente.
Fonte: Fundação Nacional da Qualidade, 2010, p.19.
Além da organização e localização rápida de informações, que é uma consequência inicial da gestão de conhecimento, um escritório de advocacia pode tirar outras vantagens com essa prática, como por exemplo:
Para iniciar a gestão de conhecimento no seu escritório, comece decidindo as informações pertinentes ao negócio, modelos de peças elaboradas, leis, jurisprudências, autos, leituras obrigatórias para fortalecer o conhecimento sobre o exercício advocatício no mercado de trabalho atual, artigos interessantes sobre marketing jurídico, sobre gestão de pessoas, finanças, liderança, tecnologia, enfim, tudo o que pode agregar à equipe.
Armazene esse banco de dados num lugar de preferência. Nós sugerimos um software jurídico, por ser um sistema completo, que além de ser uma ‘vitrine’ de todo conhecimento armazenado, possui a inteligência de inter-relacionar esses conhecimentos com processos e o dia a dia do advogado.
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informações muito boa
Realmente é uma ideia que provoca além da homogenização do conhecimento da equipe e por via de consequência uma rápida resposta a atualização e mais efetividade nas providências jurídicas/administrativas. Seria adequado saber sobre os métodos de implantação desta gestão.