Estratégias comerciais têm posição de destaque em todo setor do mercado, até nos considerados mais convencionai, por exemplo, na advocacia, com as ações de marketing jurídico.
Há várias regras e um código de ética que define o que se pode ou não fazer no marketing para advogados. O que muitos advogados não sabem, porém, é que elas não significam um menor potencial do marketing para esse setor. Além de uma forma de assegurar a credibilidade da área e evitar uma série de transtornos, elas mantém possibilidades de o advogado divulgar seu trabalho.
Neste artigo, veremos como tais normativas influenciam a técnica de Call to Action (Chamada para Ação) e como usá-lo na estratégia de marketing jurídico do escritório sem ficar fora da lei.
Navegue por este conteúdo:
Antes de abordar as restrições ligadas ao Call to Action e demais aspectos sobre o tema, é importante compreender os benefícios que o marketing jurídico pode apresentar para o escritório de advocacia. Os principais deles são a visibilidade, a autoridade e um relacionamento diferenciado com os clientes.
A maior visibilidade é uma das grandes vantagens de um marketing jurídico bem-feito. Afinal, quem é visto, é lembrado. Além disso, com a visibilidade no meio jurídico, há chances de criar maior credibilidade e a fortalecer diante do público e até mesmo entre a concorrência.
Já no que diz respeito ao relacionamento com os clientes, ao conversar com o público, você poderá criar proximidade e prestar suporte mais personalizado, fortalecendo o vínculo.
Por exemplo, se uma empresa busca um profissional para lidar com o processo de obtenção de licenças, encontrá-lo por meio de canais de comunicação otimizados pode ser mais fácil.
É algo que reforça a necessidade do marketing jurídico, uma vez que as empresas se mostram mais acessíveis, em especial, com um contato mais simplificado e ágil.
Para ver mais sobre marketing jurídico, acesse nosso artigo: 7 passos para acertar no investimento em conteúdo jurídico.
Já vimos que o marketing jurídico tem grandes vantagens. Mas, antes de chegar às restrições do Call to Action, vamos apresentar o conceito dessa importante tática do marketing.
Basicamente, o Call to Action (CTA) corresponde a estímulos visuais ou textuais que as empresas aplicam com o propósito de fazer com que o usuário efetue alguma ação.
Sendo assim, no marketing digital é uma técnica decisiva para a captação de leads, ou seja, os clientes em potencial que em algum ponto expressam interesse pela empresa.
Já na área jurídica, não se permite o uso do CTA em prol da captação de clientes de acordo com o Código de Ética e Disciplina da OAB. Isso está indicado no art. 29, do Capítulo VIII:
A publicidade profissional do advogado tem caráter meramente informativo e deve primar pela discrição e sobriedade, não podendo configurar captação de clientela ou mercantilização da profissão.
Seja na área trabalhista ou em qualquer outro setor, é fundamental que exista o conhecimento da lei e que cada estratégia seja elaborada com seriedade.
Mas não se pode utilizar Calls to Action em marketing jurídico? Não é bem assim. Felizmente, tem solução. Acompanhe abaixo.
Se por um lado existem limitações para o marketing jurídico, por outro, há uma série de caminhos que se pode adotar para uma estratégia adequada e que conte com chamadas para ação. Veja que as limitações associadas ao Call to Action têm foco nas expressões que se aplicam, que normalmente são para estimular uma determinada ação por parte da audiência.
Para usá-las corretamente, você deve considerar que o direcionamento precisa ser informativo. Esse também é um modo de atrair as pessoas. Afinal, os conteúdos podem agregar significativamente e até mesmo contribuir na educação de mercado.
Por exemplo, um profissional que presta serviços para uma empresa que realiza laudo pericial trabalhista pode ter uma maior confiança ao ser visto como um especialista que pode realmente proporcionar uma solução favorável para seus clientes.
“Gostaria de aprender mais sobre o tema? Clique e acesse o conteúdo”. Esse seria um exemplo de CTA nesse caso, com a disponibilização de um material informativo.
Dessa forma, o posicionamento nessa área tem a predominância de apresentar soluções e construir autoridade para aumentar e qualificar seu público.
Anteriormente apresentamos o art. 39, que impacta nos CTAs utilizados no marketing jurídico, mas o Código de Ética e Disciplina abrange amplamente a publicidade. Portanto, além desta restrição, deve-se conhecer também os outros elementos.
O art. 40, presente no mesmo capítulo, proíbe anúncios na televisão ou em rádio. Além disso, também não se pode adotar a utilização de lugares públicos para divulgação de serviços, uma vez que está relacionada com a mercantilização da atividade.
É preciso que exista atenção no posicionamento apresentado em todos os meios de comunicação. Isso vale até mesmo na forma de compor o cartão de visitas, que não pode apresentar fotos pessoais ou de terceiros, por exemplo.
Em relação aos valores, é interessante citar que se houver necessidade de contratar um serviço jurídico esse dado deverá ser requisitado pessoalmente. Isso se deve ao fato de que a divulgação de valores das atividades é restrita, assim como a disponibilização de atendimento gratuito nesse meio.
Uma alternativa que empresas que desejam disponibilizar algo gratuitamente podem explorar é, investir em materiais enriquecedores com soluções de pontos que são comumente questionados na área, assim como, o incentivo ao contato para a obtenção de informações mais precisas.
Sem dúvidas, ao analisar as abordagens que mais se adequam para a elaboração de materiais para marketing jurídico, independente do canal de comunicação, é importante identificar quais pontos devem ser atendidos, tais como:
A partir desses fatores, por mais que a área jurídica seja mais tradicional, há necessidade de apostar em conteúdos que motivem os clientes em potencial, assim como envolvam mais ainda os que já são clientes.
Uma grande dica nesse caso é ter cautela com os termos técnicos. O ideal é apresentar produções simples e, ao mesmo tempo, objetivas. Há ainda necessidade de ter cautela com dois elementos: a identidade visual e o site. Vejamos por quê.
Assim como em qualquer setor, na área jurídica é importante ter cautela com os aspectos visuais, uma vez que possuem grande impacto nos resultados das estratégias de marketing jurídico, em especial, ao se tratar do fortalecimento de marca.
Dessa forma, desde o logotipo até os elementos apresentados no site do escritório e nas redes sociais devem ser trabalhados de forma harmônica.
É válido abordar que divergências na identidade visual de acordo com as plataformas podem causar confusões na audiência, principalmente no uso de cores e logotipo.
Por essa razão, é interessante ter suporte especializado para trabalhar o visual da empresa de forma que exista adaptação às mais variadas necessidades.
E olha só, aí vai um CTA: para saber mais sobre a parte visual na área jurídica, confira o vídeo abaixo sobre legal design:
Garantir que a presença digital do escritório seja profissional é imprescindível. E não só em relação às estratégias aplicadas em marketing jurídico, como também ao site da empresa.
Afinal, muitas vezes essa plataforma é procurada para que os clientes obtenham informações sobre a banca. Ou seja, para ver trabalhos já realizados, história, valores, especificações de serviços ou produtos, entre outras possibilidades. Provavelmente você faz isso antes de adquirir um serviço ou produto. Dessa maneira, cause uma impressão positiva.
E mais: hoje, ter um site responsivo é indispensável para qualquer setor, principalmente ao considerar a presença crescente dos dispositivos móveis no dia a dia.
Basta considerar que são alterações que viabilizam o acesso à plataforma da empresa a partir de diferentes dispositivos. Isso proporciona maior comodidade para os possíveis clientes devido à praticidade no uso.
Há um grande potencial do marketing para o setor jurídico. Desde que seja utilizado de forma adequada e sem a mercantilização, à luz do que recomenda o Código de Ética.
Por isso, torna-se indispensável investir em profissionais de marketing especializados. E trabalhar com eles, especialmente para evitar prejuízos e penalidades, assim como o comprometimento da imagem da empresa de advocacia.