‘O advogado é um empreendedor’. Esta frase, você deve imaginar, assusta muitos profissionais jurídicos. Tão invocado este ano por especialistas de outras áreas, por que não é possível enxergar o espírito do empreendedorismo circular com naturalidade entre quem trabalha com Direito?
Vale utilizar a palavra rara para definir a presença de disciplinas que incentivem a prática empreendedora ou o conhecimento sistêmico da estrutura empresarial nas grades curriculares dos cursos de Direito ao longo do país. O formando sai do ambiente acadêmico com noção das diferentes naturezas do Direito, além de um domínio da legislação, mas pouquíssimo conhecedor de técnicas administrativas e estratégias de negócio. Isto não o impedirá de ser um profissional qualificado, mas sem dúvida tornará difícil chegar entre os primeiros na corrida do mercado.
Se este fosse um vício da graduação, algum tempo advogando amadureceria esta visão, mas não é isso que acontece. Pelo exercício advocatício não ter caráter mercantilista, ou seja, que vise principalmente o lucro, muitos profissionais acabam tendo rejeição ao empreendedorismo por imaginar que ele vulgarize sua atuação ou diminua a defesa de um litígio a uma simples ‘negócio’. Mas é mesmo impossível que as duas coisas coexistam? Será que o fato de existirem 1 milhão de advogados, que competem entre si pelas mesmas demandas, não configura uma natural dinâmica de mercado?
Não por acaso, um dos assuntos com maior audiência entre os advogados no ano de 2016 foi o marketing jurídico e o marketing de conteúdo aplicado a advogados. Eles já perceberam que promover o seu negócio não fere a nobreza da profissão, principalmente quando o Código de Ética é extremamente rigoroso ao modo que escritórios fazem propaganda. Eles já oferecem parâmetros sóbrios para uma modernização da profissão.
É significativo que, além da forma teórica, com advogados absorvendo conhecimento sobre este assunto por meio de livros, palestras ou workshops, também possam fazê-lo empiricamente, buscando aplicar algumas estratégias administrativas (seja em comunicação, seja em estudo de mercado, táticas de negociação e atendimento) no seu dia a dia.
O advogado é um empreendedor. E admitir isto o quanto antes fará bem para o seu negócio. Vai prepará-lo para as intempéries, tornar seu negócio mais organizado e (por que não?) lucrativo. Nós acreditamos nisso e, com a certeza de que as mudanças acontecem de dentro para fora, oferecemos as melhores soluções em software jurídico para você começar a organizar processos, agenda, documentos e gerar relatórios com indicadores de desempenho do seu negócio que possam lhe trazer insights e oportunidades empreendedoras.
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Muito bem, realmente não aceitar a expressão empreendedor jurídico não estaria a ser exigente comigo próprio visto que sou advogado e tenho feito muitos itens que foi realçado no artigo acima descrito. Agora é questão de organização jurídica de cada um dos colegas.
Obrigado por tudo.
Cordialmente Dr Fausto Carvalho, advogado forense em Luanda.